Acontece na Unifeob

Animais recuperados pela Unifeob são devolvidos à natureza

Resgatados do incêndio, eles foram tratados no Hospital Veterinário da Unifeob

O trabalho de recuperação e soltura dos animais resgatados e tratados no Hospital Veterinário da Unifeob continua. Até o momento, entre completamente recuperados e em tratamento, cerca de 20 vidas já foram salvas. “Quero agradecer a todos que estão ajudando, doando seu tempo nas buscas e oferecendo todo tipo de auxílio”, afirma a docente da Unifeob, Juliana Bonfante. “Para nós, médicos veterinários, todas as vidas importam; mesmo que fosse apenas um animal, todo o trabalho já teria valido a pena. Agradeço à Unifeob, à nossa equipe, aos nossos residentes, muito engajados na causa, e ao professor Plínio, que tem ensinado muito para nós”.

Na última terça-feira (15), a bezerra Fumacinha foi devolvida ao sítio de onde foi resgatada por voluntários. Ela não tinha ferimentos, mas como é um filhote e ainda não come grama, precisava ser amamentada três vezes por dia. “Ela votou para a propriedade onde foi encontrada, o administrador da fazenda veio buscá-la e ficou responsável por ela”. Fumacinha consome cerca de 6 litros de leite por dia. “No Hospital, ela ficou internada no nosso Setor de Grandes Animais e toda a alimentação foi comprada por nós e recebida por doações”, explica Juliana.

“Para nós, médicos veterinários, todas as vidas importam; mesmo que fosse apenas um animal, todo o trabalho já teria valido a pena”, diz a médica veterinária Juliana Bonfante, docente da Unifeob

No mesmo dia, foram localizados e resgatados um filhote de pica-pau do campo, um gambá e uma paca, solta nas dependências da Fazenda-Escola da Unifeob. “O pica-pau está bem, apesar de ter altos e baixos. Tem uma pneumonia, talvez até por aspiração de fumaça”, relata o professor Plínio Aiub, médico veterinário que liderou as equipes de busca ativa pelos animais. “A paca foi solta na mata ciliar do Rio da Prata e o filhote de gambá está sendo amamentado por uma estudante até chegar ao peso ideal”.

Os filhotes de tatupeba estão estáveis, porém o tratamento no Hospital Veterinário continua por tempo indefinido, sem previsão de soltura, principalmente porque um deles passou por um procedimento para reparar lacerações na cauda e em um dos membros posteriores. “Eles estão ótimos e já comem sozinhos”, informa a médica veterinária. “Estamos cuidando da ferida. Os dois são filhotes, ainda nem abriram os olhos, então a gente segue cuidando deles e alimentando dia e noite”.

Animais resgatados em números

Até agora, as ações coordenadas do Hospital Veterinário da Unifeob e voluntários conseguiram resgatar 4 lagartos, 1 bezerro, 2 ouriços, 2 tatupebas, 1 paca, 1 pica-pau, 2 sapos, 1 lebre, 2 serpentes (cascavel e jararaca) 1 gambá, lacraias e larvas de madeira. “A cascavel, a lebre e a paca foram devolvidas à natureza no mesmo dia, porque não tinham ferimentos graves, estavam somente estressadas e com medo”, conta Juliana. O sapo está internado na clínica do professor Plínio. “Ele já ganhou peso e se alimenta bem. Tiramos todos os carrapatos e recebe vitamina B12 para sair do quadro anêmico”, explica o médico veterinário.

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