Acontece na Unifeob

UNIFEOB desenvolve aplicativo para o CCZ de São João

Uma parceria entre a UNIFEOB e o Centro de Controle de Zoonoses de São João da Boa Vista, órgão pertencente ao Departamento de Saúde da Prefeitura, viabilizará a criação de um aplicativo para controle de cães e gatos na cidade, bem como gerar um banco de dados e informações importantes sobre esse segmento.

Chamado Pet São João, o aplicativo será todo desenvolvido pela UNIFEOB, por meio dos cursos de tecnologia, e entrará em atividade já em 2019.

De acordo com o professor Rodrigo Marudi, coordenador dos cursos de tecnologia e responsável pela criação do aplicativo, a ferramenta proporcionará uma base de dados completa do município em relação aos pets, como data de nascimento, raça, idade, morte etc. “Poucas cidades do Brasil possuem banco de dados nesse segmento e queremos contribuir com essas estatísticas”, diz.

E Marudi revela que o aplicativo ainda terá uma ligação com o chip animal, que será colocado em cães e gatos para identifica-los, além de criar uma rede social para mobilizar doações e adoções dos animais.

Outro benefício da ferramenta será o RG Animal, sendo que a Prefeitura passará a ter um controle geral das vacinações na cidade, o que hoje não existe. “O aplicativo funcionará por geolocalização e mostrará ao munícipe onde tem um ponto de vacinação próximo, além de trazer lembretes e avisos para ajudar os donos a cuidar dos pets e informar sobre os serviços que o município oferece”.

O desenvolvimento do projeto também teve a participação do professor João Ricardo Gomes dos Reis e dos estudantes Bruno Jesus, Davi Mizael Mattos, Guilherme Trafani Stanguini e Phellipe Sagiorato Rodrigues.

COMO SURGIU

A ideia surgiu de um convite do professor Marudi ao coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, Marcelo Menato, para o desenvolvimento de uma ferramenta tecnológica que pudesse solucionar os problemas sociais enfrentados pelo setor.

“O aplicativo será capaz de gerar um senso animal com o dimensionamento correto dos investimentos públicos para esse fim, evitando desperdício de recursos financeiros. Trará ainda a possibilidade de controle da natalidade aferindo o número de animais castrados e identificando o grupo em período de maior fertilidade”, explica Menato, que ressalta que essa será a primeira vez que os dados estarão disponíveis em uma única plataforma em condições plenas de uso do poder público.

CONTEÚDO E RESULTADOS

Hoje, os números referentes à população de cães e gatos não são precisos. Estima-se que, em São João da Boa Vista, a população desses animais seja de 25 a 30 mil.

E, com o aplicativo Pet São João, o CCZ espera obter um maior controle no percentual de vacinação da população de pequenos animais e, consequentemente, no controle e prevenção de zoonoses; maior controle da saúde populacional de pequenos animais e maior efetividade da medicina veterinária preventiva e reunir dados censitários e epidemiológicos (big data) como ferramenta de gestão pública.

Estima-se que o projeto impacte na gestão pública e que os gastos nesse setor sejam diminuídos com a otimização de recursos com base nos dados e informações.

Rodrigo Marudi destaca que o aplicativo será de fácil utilização pela população de São João da Boa Vista e que contará, além do controle animal, com cadastramento de profissionais veterinários, criadores, ONGs protetoras, promovendo a aproximação das pessoas e organizações públicas.

“O aplicativo também terá espaço para divulgação comercial, venda de animais e inclusão de animais para adoção, desde que chipados. A divulgação em mídia local e o incentivo com sistemas interativos, além da regulamentação por meio de legislação local, poderão ampliar o uso e garantir o sucesso do aplicativo”, explica.

Vale ressaltar que o aplicativo promoverá o acompanhamento do animal do momento da instalação e cadastro dele até sua velhice e óbito. “Cada usuário poderá habilitar ou desabilitar o tipo de alerta que deseja receber, exceto os alertas relacionados à saúde pública. Anualmente, o aplicativo poderá, por meio de um questionário simples, promover um censo populacional, armazenando dados censitários e epidemiológicos (big data)”, finaliza o professor.

Compartilhe:
Facebook
LinkedIn
Twitter
WhatsApp

Recomendados