Acontece na Unifeob

São João da Boa Vista é tema de game ecológico criado por estudante de Direito Unifeob

O jogo foi desenvolvido pelo empreendedor Antônio Luiz Barros em parceria com amigos como projeto de extensão.

No mês de aniversário de 197 anos de São João da Boa Vista, o estudante de Direito da Unifeob, Antônio Luiz Barros, inovou em seu projeto de extensão: o gamer apresentou um jogo educativo cujo pano de fundo é o centro da cidade. O enredo de “Filtro da Terra” é principalmente relacionado a questões climáticas e ambientais, mas também propõe discussões sobre política e aspectos jurídicos, além de homenagear e divulgar a história do município em diversos pontos, como a Praça Joaquim José, o Theatro Municipal, a Igreja Catedral São João Batista e o Paço Municipal.

“Os jogadores interagem com personagens que seguirão uma história protagonizada por professores e vereadores e encontrarão formas para diminuir o aquecimento global”, explica Antônio, entusiasta de games desde criança e proprietário da loja temática Toca da Coruja, atualmente inativa por conta da pandemia. “Também há informações pertinentes para aprender métodos para combater esse problema que ameaça as gerações futuras e podermos usufruir de um meio ambiente ecologicamente equilibrado”.

Bateu a curiosidade? Conheça o game “Filtro da Terra”

A iniciativa foi muito elogiada pelo corpo docente, especialmente pela criatividade. “Ao desenvolver um site interativo com o jogo, o grupo aliou as informações técnico-jurídicas à tecnologia e o resultado foi surpreendente. A inovação demonstra curiosidade, importante fator para crescimento acadêmico e profissional”, pondera a Prof. Juliana Borsari, responsável pela disciplina de Direitos Transindividuais. “Os games são uma ferramenta universal e podem ser bem utilizados para compartilhar informação com diversão e interatividade, atingindo todos os públicos, desde o infantil até o adulto”.

“Existe um vínculo fortíssimo entre Direito e meio ambiente equilibrado”, diz o estudante de Direito, Antônio Luiz Barros

Para o coordenador do curso de Direito da Unifeob, Cyro Sanseverino, o resultado reflete o alinhamento de professores e universitários ao Projeto Pedagógico Institucional (PPI). “A imensa maioria dos projetos de extensão apresentados foi absolutamente instrutiva e inovadora, não só pela ideia de se fazer via internet, mas principalmente por conta de os estudantes terem vestido a camisa da instituição e trabalhado muito”, garante. “Tudo foi feito sob orientação dos líderes dos módulos, que se utilizaram dos Dias Makers para fazer a supervisão e nortear os trabalhos”.

A ligação entre questões jurídicas, pautas ambientais e história local em um videogame é justificada pela democratização do acesso a tais discussões. “Existe um vínculo fortíssimo entre Direito e meio ambiente equilibrado, que é um direito de todos, assegurado pela Constituição Federal”, ressalta Antônio. “E isso não se limita a árvores e florestas; está presente também na cultura, pontos históricos, ruas e diretamente na qualidade de vida”.

Ideia e desenvolvimento

Uma das propostas de projetos de extensão de Direito foi elaborar um site de conscientização sobre impactos do aquecimento global e a importância dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), plano de ação global da Organização das Nações Unidas (ONU) para eliminar a pobreza extrema e a fome, oferecer educação de qualidade para todos, proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030.

“Tivemos a ideia de alcançar esse objetivo de um jeito diferente. Por uma autonomia criativa ofertada pela universidade somada às qualidades estéticas de São João, percebemos a possibilidade de um mapa interativo. A engine do RPG Maker [plataforma usada para desenvolver o game] caiu como uma luva ”, relembra Antônio. “Partimos de uma arte conceitual de uma planta baixa do centro nutrida de texturas em pixel art. Usamos linhas de programação e plugins alternativos para auxiliar o software. O conteúdo foi elaborado a partir de pesquisas científicas nas áreas de Direito Ambiental, Internacional, Administrativo e Previdenciário escoradas em estudos sociológicos e filosóficos, abordando também a historicidade local”.

Para o desenvolvedor, as parcerias foram fundamentais. “Começamos o projeto em 16 de abril. Além de mim, participaram o designer gráfico e programador Dhiego Marquês, o estudante de Engenharia Civil, Madson Milhomem, que fez o desenho da planta baixa, e a tester Isabela Paião. Nossa pretensão é realizar diversos updates e aumentar o mapa para ampliar ainda mais a história e apontar mais pontos da historicidade local, bem como o conteúdo educativo socioambiental”, revela. “Logo vamos iniciar outro arco com novos pontos, dinâmicas, histórias e personagens diferentes”.

Projetos de extensão

A Unifeob constantemente propõe aos estudantes desafios relacionados a empreendedorismo e desenvolvimento de habilidades técnicas e atitudinais. Novas tecnologias e metodologias ativas de aprendizagem são amplamente utilizadas em todos os cursos e projetos do Centro Universitário, pois estão intrinsecamente ligadas à formação de melhores profissionais e cidadãos mais preparados para as adversidades.

“Do nosso Projeto Pedagógico Institucional decorrem todas as alterações, aperfeiçoamentos e melhorias que temos realizado”, diz o coordenador do curso de Direito da Unifeob, Cyro Sanseverino

Um exemplo de completa integração aos novos tempos é o curso de Direito. Se em tempos normais, a orientação aos universitários é realizar atividades sociais além dos muros da instituição, devido à pandemia foi necessária uma adaptação. “Normalmente, nos nossos projetos de extensão, os estudantes devolvem à comunidade um pouco do conhecimento que aqui aprenderam. Mas não fazia sentido irem às ruas desta vez, por uma questão de responsabilidade social. A ideia, então, foi usarmos a internet e as ferramentas que a Unifeob nos dá para fazer esse serviço”, relata o coordenador Cyro Sanseverino.

“O PPI da Unifeob é pautado no uso das metodologias ativas. Aqui o protagonismo do processo de  aprendizagem deixa de ser dos professores e passa a ser dos próprios estudantes. Nesse sentido, o projeto de extensão acadêmica evidencia a participação deles e o desenvolvimento de suas competências atitudinais e específicas”, explica a Prof. Juliana  Borsari. “Ao elaborar o projeto que será disseminado para a sociedade, aplicamos estratégias para desenvolver trabalho em equipe, liderança, comunicação, organização, planejamento e comprometimento, tudo aliado à aplicabilidade dos conhecimentos técnicos-jurídicos desenvolvidos em sala de aula durante o curso”.

Segundo Cyro, é necessário acolher a inovação nas instituições de ensino. “É preciso, inclusive nos cursos mais tradicionais – o Direito, sobretudo –, entender que tudo está mudando rapidamente. É absolutamente necessário ter flexibilidade e uma adaptabilidade gigantesca de todos os envolvidos”, avalia. Como principal diferencial para tais avanços, o coordenador aponta o PPI. “Do nosso Projeto Pedagógico Institucional decorrem todas as alterações, aperfeiçoamentos e melhorias que temos realizado”.

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