Os futuros nutricionistas precisaram inovar nos ingredientes para atender à demanda.
Entre os inúmeros obstáculos enfrentados por nutricionistas no dia a dia, está a elaboração de cardápios capazes de suprir as necessidades nutricionais de pessoas com restrições a diferentes ingredientes. Uma aula prática realizada no Laboratório de Técnica Dietética desafiou grupos de estudantes do curso de Nutrição Unifeob a cozinharem receitas especificamente para esses públicos. O desafio: tudo devia ser acessível e, claro, muito saboroso!
“A estrutura da Unifeob é ótima, tem os equipamentos que a gente tem em casa e também em cozinhas industriais”, diz a estudante de Nutrição, Ana Carolina Karck
“Trabalhamos com receitas sem glúten; sem leite, para quem tem alergia alimentar; com substituição de sal, para quem é hipertenso e não pode com sódio; com mais fibras, para um diabético; a questão das leguminosas, da maceração; e o gersal, para substituição do sódio”, relata a professora de Técnica Dietética, Débora Nones. “Quando forem trabalhar, os estudantes vão conseguir oferecer essas opções para os pacientes, como, por exemplo, um bolo sem glúten usando um ácido para auxiliar na reação do fermento e obter uma textura interessante”.
Para a estudante Ana Carolina Karck é muito importante conhecer receitas como essas. “São alternativas mais saudáveis do que a gente está acostumado a comer, é interessante saber cozinhar todas as opções”, disse ela, durante a aula de 22 de outubro. “A estrutura da Unifeob é ótima, tem os equipamentos que a gente tem em casa e também em cozinhas industriais, simula bem o ambiente de uma empresa, já que um dia a gente pode trabalhar numa Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN), por exemplo”.
Estrutura completa
“Levamos em consideração a importância de fibras, intolerâncias alimentares e a produção de receitas acessíveis e saudáveis”, explica a coordenadora Gláucia Ruga. Para a prática e os estudos, os futuros nutricionistas têm uma grande estrutura à disposição. “Temos tudo que é necessário para oferecer aos estudantes a prática do dia a dia de quando estiverem trabalhando em qualquer área da Nutrição”.
Alguns exemplos são os Laboratórios Multidisciplinares (Microscopia, Anatomia, Fisiologia e Citologia) e os específicos para o curso, como o de Tecnologia de Alimentos, onde são ministradas aulas de Bromatologia e Ciência dos Alimentos, e o de Técnica Dietética, com a área quente – fogões e coifas – e os utensílios necessários. “É como se fosse uma cozinha industrial, com todas as condições para os estudantes praticarem com o que terão em restaurantes industriais, cozinhas de hospitais etc.”, relata Gláucia.
Projeto Integrado
Para auxiliar a comunidade, o Projeto Integrado (PI) do curso de Nutrição deste semestre é a elaboração de uma ferramenta visual com informações e composições de alimentos para atender pacientes com sobrepeso e obesidade. “Esse instrumento será de grande auxílio em consultas, uma ferramenta para os nutricionistas fazerem avaliações nutricionais, diagnósticos, elaborarem condutas e proporem planejamentos”, aponta Gláucia.