Os estudantes de medicina veterinária da Unifeob realizaram uma visita técnica na Associação Mata Ciliar em Jundiaí na última terça-feira (12).
A atividade faz parte da disciplina “modelos alternativos de produção do agronegócio sustentável e meio ambiente” que abrange a vertente alternativa da produção do agronegócio relacionada a conservação do meio ambiente de áreas naturais, fauna e flora.
Acompanhados do professor Plinio Bruno Aiub, 44 estudantes conheceram um centro de triagem de animais silvestres (CeTAS) que tem como objetivo fazer o recebimento e triagem de animais vítimas dos impactos ambientais e socioambientais, como tráfico, queimadas, desmatamento e atropelamento. Além de visitar as áreas de cambiamento, reabilitação e recintos de readaptação para o animal, simulando o seu retorno ao habitat.
A associação também tem como compromisso a manutenção de corredores ecológicos, preservação das matas ciliares e a ligação da dinâmica da fauna.
“É importante levar os estudantes para o viver situações reais de modelo do agronegócio, onde preserva suas nascentes, as reservas florestais e corredores de fauna”, explicou o docente.
Ao final da visita, os estudantes participaram de uma palestra do gestor da Mata Ciliar sobre o impacto do crescimento humano nas áreas florestais.
Ainda segundo Plínio, a visita pode gerar estágios para os estudantes. “O Centro de Triagem disponibiliza oportunidade de estágio com alojamentos, aprimoramento e residência com animais silvestres para quem quiser seguir nesta área”.
Walkíria Helena Ruy Soares é uma das estudantes que participou da visita. Ela conta que ficou encantada com a estrutura e processos do CeTAS. “A visita à Mata Ciliar me trouxe muito conhecimento a respeito desse trabalho de reabilitação de animais silvestres e selvagens.Conhecemos a história de alguns dos animais que ficam lá, com seus casos de maus tratos, abandono, salvamento e resgate em estradas, que a equipe lá também faz. A associação faz um trabalho muito bonito e de extrema importância para nossos animais que precisam de uma dedicação especial, além de que é uma maneira de conscientização da população para que cada vez mais possamos ter menos casos de animais nessa situação”, ressaltou.
Mas não foi só Walkiria que adorou participar da atividade. Natália Pereira Dias também é uma das estudantes que esteve presente na visita. “O que me chamou a atenção foi conhecer outro trabalho realizado por eles, não menos importante que o cuidado com os animais é ter um olhar voltado para a restauração de áreas degradadas e com os corredores de fauna. A associação possui um lindo viveiro de mudas de árvores nativas, que são plantadas tanto nos recintos fechados para readaptação dos animais ali recuperados quanto em outras regiões que foram degradadas ou até mesmo nas obras onde existe a necessidade de formação dos corredores de fauna”.
