O inseto pode se contaminar por conídios de fungos entomopatogênicos através de duas formas:
1 – Pulverização direta
2 – Contato com superfícies pulverizadas
Após esse contato uma série de eventos ocorre no inseto, que podem o levar a morte, conforme ilustrado no esquema abaixo:
A. Os insetos podem se contaminar principalmente através da cutícula, mas também podem se infectar nas partes bucais e em dobras intersegmentares, como por exemplo, nas pernas, que são regiões em que há mais umidade. Após encontrarem condições adequadas de temperatura e umidade, inicia-se o processo germinativo através da pressão mecânica e pela produção de enzimas. Em seguida acontece a formação do apressório e do tubo germinativo. A cutícula é considerada a principal barreira para a ação desses fungos.
Ao atravessar a cutícula o fungo chega até a hemolinfa, cresce e passa a se nutrir. O fungo passa a produzir blastosporos ou hifas unicelulares e coloniza o inseto. O inseto, por sua vez, irá produzir uma série de respostas imunológicas, e o fungo, em contrapartida produz diversas substâncias tóxicas ao inseto. Uma vez infectado, o inseto para de se alimentar, além de ter o seu comportamento completamente afetado.
B. Após a morte do inseto, o fungo rompe novamente a cutícula e esporula na superfície do inseto. Esses conídios se tornam uma fonte de inóculo na área, e são capazes de contaminar outros insetos.