Roseli enfrentou a doença por três meses e celebrou nesta manhã a tão esperada alta.
Se as razões para festejar têm sido raras, é preciso aproveitá-las ao máximo! Na manhã de sexta (10), a comerciante Roseli Porfírio de Oliveira recebeu a tão esperada alta, após mais de três meses internada por Covid-19. Para valorizar ainda mais esse momento especial, estudantes e professores da Enfermagem Unifeob, juntamente à equipe da Santa Casa de Misericórdia, comemoraram a vitória com balões, cartazes, presentes e muito reconhecimento.
“Eu estou feliz por ter tido essa chance, não é todo mundo que tem. Só quero celebrar minha vida. Eu tenho meus filhos, tenho que criar eles”, disse Roseli, emocionada. “Com tudo que passei, sei que podia ter morrido, foi um milagre de Deus.” Ela aproveitou para agradecer ao time e ao médico responsável por seu caso, Dr. José Sabino Neto. “Ele é uma pessoa especial para mim, aliás, todo mundo. Só me trataram com carinho aqui”.
Segundo a preceptora de Enfermagem, Janieli Melo, o time de Enfermagem Unifeob atua juntamente aos profissionais da equipe multiprofissional da Santa Casa. “Nos setores de Clínica Médica e Cirúrgica, desempenhamos ações no planejamento dos cuidados de enfermagem, atendimento das necessidades humanas básicas, realização de procedimentos de alta complexidade, prevenção, avaliação e prescrição de tratamento de lesões por pressão”.
A enfermeira acredita que Roseli representa todos os pacientes que têm vencido a Covid-19 na Santa Casa. “Ela mostra a importância de uma atuação conjunta entre os diversos profissionais da saúde nos diferentes níveis de atendimento. Acompanhamos a Roseli desde a Atenção Primária, agora na Hospitalar e depois daremos sequência com o atendimento em uma Unidade Básica de Saúde”, explica. “Temos um carinho muito grande por ela e sua filha, nossa aluna do curso de Pedagogia, que esteve com a mãe o tempo todo”.
Apoio familiar
Além da equipe da Unifeob e da Santa Casa, Roseli contou com o apoio dos filhos durante a recuperação. A estudante de Pedagogia Unifeob, Letícia de Oliveira, ajudou a mãe em tudo e se manteve ao seu lado do começo ao fim. “Eu nunca perdi as esperanças, apesar de várias vezes receber notícias ruins. Eu ia para casa, chorava muito e voltava com um sorriso no rosto, pensando que tudo iria dar certo”, recorda. “Eu tentava motivá-la o máximo que podia. Quando ela começou a melhorar, fiquei ainda mais empolgada”.
A comemoração de todos os envolvidos foi motivo de grande felicidade para a garota. “A gente acaba se apegando aos médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, toda a equipe vira uma família”, garante. “Parecia que todo o carinho nem era só para ela, mas para todos nós. Eu fiquei muito emocionada”.
Para Letícia, zelar por sua mãe durante os três meses de internação – inclusive com um período na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) – não foi um fardo. “Cuidar dela não foi um sacrifício, eu sempre fiquei muito satisfeita. Quanto mais eu via as melhoras, mais vontade eu tinha de voltar para casa com ela”. Agora, para a felicidade de ambas, o desejo poderá ser realizado. “Nada como estar na casa da gente, com as pessoas que a gente ama de paixão”, conclui Roseli.