Acontece na Unifeob

Análise de balão intragástrico é tema de Projeto de Extensão do curso de Química da Unifeob

Os estudantes têm a oportunidade de examinar o produto real da empresa G-Flex, de Espírito Santo do Pinhal.

A aplicação de metodologias ativas de ensino são objeto de dedicação constante do corpo docente da Unifeob, pois é cientificamente comprovado que promovem um aumento significativo na qualidade da aprendizagem. Uma maneira de utilizá-las corretamente é a apresentação de situações-problemas reais analisadas e solucionadas pelos estudantes.

O curso de Química, por exemplo, fechou no início do primeiro semestre de 2021 uma parceria com a empresa G-Flex, de Espírito Santo do Pinhal, que importa e fabrica acessórios para diagnósticos e tratamentos gastrointestinais e pulmonares. Durante o ano, os estudantes estão realizando testes de qualidade em um dos balões gastrointestinais (BIG) comercializados pela companhia como Projeto de Extensão.

“Nós vamos analisar o padrão de qualidade antes, quando o balão pronto sai de fábrica, e depois”, explica o coordenador do curso de Química, Marco Roqueto. “Vamos fazer tudo em laboratório: teste de aceleração de envelhecimento, de resistência de material, de pigmentação, coloração. Pedagogicamente, é tudo que um curso quer: trabalhar com um projeto real de uma empresa dentro da instituição de ensino”.

O projeto “Avaliação Física, Química e Mecânica de Balão Intragástrico (BIG)” está inserido na temática do projeto “As Tecnologias e a Indústria Química”. Segundo Roqueto, existem poucos trabalhos que analisam a qualidade do produto no momento pós-cirúrgico. “Como esse balão intragástrico reage dentro do organismo, com condições de temperatura e pHs variados no estômago?  É um projeto longo, tem muitos testes, é uma oportunidade exemplar de aprender na prática como funcionam esses procedimentos técnicos nos quais os químicos estão muito envolvidos”.

Aprendizado

A estudante Ana Carolina Azevedo, do 7º módulo, conta que o projeto está sendo realizado em conjunto com os docentes da Unifeob e os responsáveis da G-Flex. “É uma ótima chance de desenvolvermos o trabalho em equipe, aprendendo uns com os outros e visando o mesmo objetivo, algo muito importante para nossa formação, tanto profissional quanto pessoal”, comenta.

Ela ressalta a importância do Projeto de Extensão por se tratar de um produto para a saúde de pacientes que deve estar rigorosamente de acordo com os padrões e normas estabelecidos. “A responsabilidade de fazer esses testes e ensaios é grande e gratificante ao mesmo tempo. É uma forma de retribuir à sociedade a oportunidade de aprendizado, desenvolvendo boas práticas e praticando as disciplinas aprendidas de uma forma mais interativa e real”.

“Pedagogicamente, é tudo que um curso quer: trabalhar com um projeto real de uma empresa dentro da instituição de ensino”, diz o coordenador do curso de Química, Marco Roqueto

O professor Odair dos Santos, um dos responsáveis pelo projeto, explica a metodologia aplicada. “A primeira etapa é descrever as técnicas e normas estabelecidas, traduzindo e levantando os materiais necessários; em seguida, são realizados os testes. Esse projeto desenvolve nos estudantes a capacidade de avaliar qualificando profissionalmente e os capacita a interpretar as normas de laboratório e técnicas de análise”.

“Colocamos os estudantes em uma situação-problema real, em que vamos analisar um produto real, com possíveis defeitos e qualidades reais”, afirma o coordenador Roqueto. “Estamos trabalhando com a realidade, com a indústria, com o produto. Os testes serão feitos de acordo com as normas, realizando todos os procedimentos técnicos, e será dado um parecer. É preciso planejar, organizar, levantar custos, fazer projetos, escrever textos, então várias competências são desenvolvidas”.

Parceria

A G-Flex é especializada em acessórios de diagnósticos e tratamentos terapêuticos para o mercado gastrointestinal e pulmonar e tem uma rede de parceiros em mais de 30 países. Ela desenvolve, projeta e fabrica os produtos com fornecedores nacionais e internacionais conceituados na área médica, além de oferecer apoio para realizar o cadastro ou registro. “A parceria entre indústria e universidade amplia a visão do estudante no seu futuro como profissional”, diz a proprietária Elda Cremer. “Nas avaliações, haverá ênfase da importância do desenvolvimento de matérias-primas para área de produtos correlatos para saúde”.

Trabalhar com um dispositivo comercializado por uma empresa é um grande diferencial, pois os estudantes não precisam se restringir ao estudo de casos ou simulações e aprendem na prática. “O que falamos em sala de aula são exemplos de situações reais, mas colocar os estudantes diretamente ligados a um processo de produção, a um resultado, é um enriquecimento enorme para a profissão”, destaca Roqueto. “Unimos o útil ao agradável: a gente tinha um Projeto de Extensão a ser executado e a G-Flex trouxe uma temática de interesse. Fechamos a parceria e agora podemos fazer esses testes de qualidade com o balão da empresa”.

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